A mostra é uma realização da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia de Porto Alegre em parceria com a Embaixada da França, a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e o Institut Français.
O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE.
GRADE DE
HORÁRIOS
29 de setembro a 4 de
outubro de 2015
29 de setembro
(terça)
16:00 – A Baía dos
Anjos
18:00 – Lola, a Flor
Proibida
20:00 – Duas Garotas
Românticas
30 de setembro
(quarta)
16:00 – A Baía dos
Anjos
18:00 – Os Guarda-Chuvas do
Amor
20:00 – Lola, a Flor
Proibida
1º de outubro
(quinta)
16:00 – Os Guarda-Chuvas do
Amor
18:00 – Lola, a Flor
Proibida
20:00 – Jacquot de
Nantes
2 de outubro
(sexta)
16:00 – Lola, a Flor
Proibida
18:00 – A Baía dos
Anjos
20:00 – Duas Garotas
Românticas
3 de outubro
(sábado)
16:00 – Os Guarda-Chuvas do
Amor
18:00 – Lola, a Flor
Proibida
20:00 – Jacquot de
Nantes
4 de outubro
(domingo)
16:00 – A Baía dos
Anjos
18:00 – Os Guarda-Chuvas do
Amor
20:00 – Duas Garotas
Românticas
JACQUES DEMY
Jacques Demy nasceu na cidadezinha de Pontchâteau, no estado de Loire-Atlantique, França. Durante a infância, freqüentou com os pais os cinemas e teatros de Nantes, a capital de Loire-Atlantique, onde então vivia com a família. Fã do teatro de fantoches e das operetas, ainda criança ganhou dos pais um pequeno projetor Pathé-Baby, com o qual realizou seus primeiros experimentos cinematográficos. Pouco depois, adquiriu uma câmera e divertiu-se rodando pequenos filmes com os amigos e alguns curtas de animação.
Quando adolescente, sua formação como cinéfilo passou pelo intercâmbio com cineastas amadores e com o movimento cineclubista de Nantes, momento em que pôde assistir a alguns clássicos do cinema como Cidadão Kane (1941), de Orson Welles. Nessa época, também conheceu a obra do tcheco Jirí Trnka e o cinema de animação de Paul Grimault. Depois de frequentar o colégio técnico, Demy ingressou na Escola de Belas Artes de Nantes para, tempos depois, aventurar-se em Paris. Em 1949, já na capital francesa, entrou para a Escola Técnica de Fotografia e Cinematografia e trabalhou como assistente de Grimault, auxiliando-o com a animação de filmes publicitários. Inspirado pelos filmes de Jirí Trnka, também realizou alguns curtas amadores com marionetes outra de suas grandes paixões.
Finalmente, em 1955, rodou seu primeiro filme profissional, o documentário de curta-metragem Le Sabotier du Val de Loire. Dirigiu mais alguns curtas até estrear no longa-metragem em 1960 com Lola – A Flor proibida, estrelado pela atriz Anouk Aimée, filme impregnado pela inquietação formal da recém-inaugurada Nouvelle Vague. A ele seguiram-se A Baía dos Anjos (1962), Os Guarda-chuvas do amor (1963) e Duas garotas românticas (1967). Os dois últimos apostam numa reinvenção reverente ao cinema musical, recolocando as canções num plano essencial da mise en scène do cinema moderno.
FILMES
LOLA, A FLOR PROIBIDA
Lola (França 1961).
Com Anouk Aimée. Em preto e branco/85’.
Lola é uma dançarina de cabaré que espera pelo retorno de Michel, namorado que há sete anos foi para a América e é pai de seu filho. Ele prometeu voltar somente quando estivesse rico. Durante sua ausência, Lola é cortejada por Roland, seu amigo de infância, e pelo marinheiro americano Frankie. Tudo indica que ela acabará escolhendo definitivamente um dos dois, mas seu coração ainda pertence a Michel. O filme é dedicado ao diretor alemão Max Ophüls, que dirigiu diversos dramas e romances. "Me agradava muito a idéia de fazer algo sobre fidelidade, a fidelidade para lembrar e misturar ali minhas recordações de Nantes" (JACQUES DEMY)
A BAÍA DOS ANJOS
La Baie des Anges (França 1962).
Com Jeanne Moreau. Em preto e branco/89’.
"Eu quis desmontar e mostrar o mecanismo de uma paixão. Isso poderia ser o álcool e a droga, por exemplo. Não era somente um jogo em si" (JACQUES DEMY). Jackie é uma parisiense de meia idade que deixa seu marido e filhos para se aventurar no mundo das apostas em Nice, onde estará em jogo não apenas o frenesi das roletas do cassino, mas também o do ciclo da sedução.
OS GUARDA-CHUVAS DO AMOR
Les Parapluies de Cherbourg (Alemanha, França 1964).
Com Catherine Deneuve, Nino Castelnuovo. Em cores/91’.
"'Os Guarda-chuvas' é um filme contra a guerra, contra a ausência e contra tudo aquilo que odiamos e que destrói a felicidade" (Jacques Demy) Geneviève Emery, cuja mãe possui um comércio de guarda-chuvas, é uma adolescente de 17 anos que se vê obrigada a decidir entre esperar por seu amor, um mecânico de 20 anos que foi servir ao exército na Argélia, ou se casar com um comerciante de diamantes, que se propõe a criar o bebê que ela espera como se fosse seu.
DUAS GAROTAS ROMÂNTICAS
Les Demoiselles de Rochefort (França 1967).
Com Catherine Deneuve, Danielle Darrieux, Françoise Dorleac, Jacques Perrin, Michel Piccoli. Em cores/91’.
Delphine e Solange são duas irmãs gêmeas encantadoras e espirituosas de 25 anos. Delphine, a loira, dá aulas de dança e Solange, a ruiva, aulas de música. Elas vivem então da música e sonham ir para Paris e ter uma vida de fantasias. Alguns empresários chegam à cidade e passam a frequentar o bar que é da mãe delas. Uma grande feira é promovida e um marinheiro sonhador está à procura da mulher ideal... "Queria fazer um filme que despertasse um sentimento de felicidade, que, depois da projeção, o espectador saísse da sala menos triste do que quando tinha entrado" -Jacques Demy.
JACQUOT DE NANTES
(França 1991). De Agnès Varda.
Com Édouard Joubeaud, Philippe Nahon. Em cores/118’.
"Esta é a magnífica história do talento de Jacquot, filmado por uma mulher que ele encontrou em 1958 e que desde então compartilhou sua vida". Era uma vez um menino criado numa oficina mecânica, na qual todos amavam cantar. Era 1939, ele tinha 8 anos e adorava marionetes e operetas. Mais tarde, ele quis fazer cinema, mas seu pai o fez estudar mecânica… Trata-se de Jacques Demy e de suas recordações. O filme é a crônica de seus jovens anos com seu irmãozinho, seus amigos, seus jogos, suas trocas de objetos, a visita da “tia do Rio”, os amores infantis, os primeiros filminhos… É uma infância feliz e uma adolescência obstinada que nos são contadas, apesar dos eventos da guerra e do pós-guerra. É a evocação de uma vocação, filmada pela mulher que Jacquot conheceu em 1958 e que dividiu com ele sua vida desde então.
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