Nos dias 13 e
15 de junho, a Cinemateca
Capitólio Petrobras recebe duas sessões especiais, sempre às 20h, com obras selecionadas do IV Festival Finos Filmes, mostra anual que
acontece em São Paulo.
Com diversos filmes portugueses e brasileiros inéditos em
Porto Alegre, a programação tem entrada franca. Após as exibições, acontece
debate com os curadores Bruno Carboni e Felipe Arrojo Poroger.
FINOS FILMES
O Festival de Finos Filmes é uma mostra
de curtas que ocorre anualmente em São Paulo. Mais do que um evento de exibição, a
intenção é apresentar os filmes como ponto de partida para debates que
ultrapassam o cinema , como
política, habitação e direitos humanos. Na sua breve história, já estiveram presentes em júri e/ou mesas de discussão: Fernando Haddad, Laís Bodanzky, Maria Rita Kehl, André Sturm, Daniel Ribeiro, entre outros. Em todas as edições, o festival
homenageia a cinematografia de um país estrangeiro. Neste ano, o escolhido é
Portugal, que trouxe ao evento diversos curtas premiados em Cannes, Berlim e Locarno, de cineastas renomados como
Gabriel Abrantes, Manuel Mozos e Susana Nobre. Com curadoria de Bruno Carboni e
Felipe Arrojo Poroger, o Finos Filmes desembarca em Porto Alegre para duas
sessões nos dias 13 e 15 de junho: uma com quatro filmes brasileiros da
programação e outra só com curtas portugueses. Entrada franca.
GRADE
DE PROGRAMAÇÃO
CURTAS PORTUGUESES
A Brief History of Princess X - de Gabriel Abrantes (2016, 7')
Um retrato delirante da escultura
Princess X de Constantin Brancusi, uma controversa escultura em bronze, que
começou como um busto da igualmente controversa sobrinha bisneta do Napoleão, a
Marie Bonaparte.
Penúmbria -
de Eduardo Brito (2016, 8')
Penúmbria, a distópica, foi fundada há duzentos anos num extremo
de difícil acesso. De solos áridos, mares revoltados e clima violento, ficou a
dever o seu nome à sombra quase permanente provocada por uma montanha a sul.
Até que um dia, os seus habitantes decidiram entregá-la ao tempo. Esta é a
história de um lugar inabitável.
A
Glória de Fazer Cinema em Portugal de Manuel Mozos (2015,16')
A 18 de Setembro de 1929, José Régio escreveu uma carta a Alberto
Serpa onde manifestou a vontade de fundar uma produtora para começar a fazer
cinema. Para isso, pediu-lhe que contatasse um amigo seu, que teria uma câmara
de filmar. Durante quase noventa anos, nada se soube sobre o desfecho deste
pedido: nunca se encontrou qualquer resposta de Serpa à carta e Régio não terá
voltado a mencionar o assunto. Porém, a descoberta de velhas bobinas no espólio
de um colecionador, parece conter o desfecho desta história.
Provas,
Exorcismos de Susana Nobre (2015, 25')
Em Alhandra, entre a
serra e o rio, um comboio atravessa a povoação. Óscar,
quarenta e oito anos, vinte e cinco de trabalho na mesma fábrica, aguarda a
resolução do tribunal relativamente ao pedido de insolvência da fábrica em que trabalhava. Com
a produção suspensa e com os salários em atraso, Óscar e os seus colegas
continuam a comparecer diariamente ao trabalho, na esperança de garantirem os
respectivos postos. Face à confirmação do fecho, Óscar retoma o equilíbrio com
o mundo ao ser admitido na fábrica ao lado.
CURTAS BRASILEIROS
O Delírio é a
Redenção dos Aflitos de Fellipe Fernandes (2016, 21')
Raquel é a última moradora de um edifício condenado e ela precisa
se mudar o mais rápido possível para salvar sua família.
Fotograma de
Luis Henrique Leal e Caio Zatti (2016, 9')
Uma mulher negra caminha por um bairro de classe média alta no
Recife, Brasil. Um muro e duas câmeras de segurança a separam de um condomínio
de luxo. "Fotograma" disseca esta imagem cotidiana, buscando pensar
suas inscrições históricas. Imagens da cultura e inscrições da barbárie.
Lúcida de
Fábio Rodrigo e Caroline
Neves (2015,16')
Mas eu nem sei se ela tem alguma coisa pra cozinhar, porque ela
não me fala.
Comissão de
vendas de Miguel Ramos (2016, 17')
A venda, o sonho e a guerra. Porque crise é pros fracos.
GRADE
DE HORÁRIOS
13 de junho –
20h – Curtas Portugueses:
A Brief History of
Princess X - de Gabriel Abrantes (7')
Penúmbria - de Eduardo Brito (8')
A Glória de Fazer Cinema em Portugal de Manuel Mozos
(16')
Provas, Exorcismos de Susana Nobre (25')
15 de junho –
20h – Curtas Brasileiros
O Delírio é a Redenção dos Aflitos de Fellipe Fernandes (21')
Fotograma de Luis Henrique Leal e Caio Zatti (9')
Lúcida de Fábio Rodrigo e Caroline Neves (16')
Comissão de vendas de Miguel Ramos (17')
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